23 de dezembro de 2024
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A escola é um espaço importante para que crianças e adolescentes relatem as violências que sofrem e busquem ajuda. É por meio da escola e de seus profissionais que ações de prevenção e combate podem ser realizadas, com o auxílio de pedagogias adequadas para as diferentes idades. O sentimento de estar em um ambiente seguro pode contribuir também com o ato de denunciar. Foi partindo destes pressupostos, presentes no Projeto 18 de Maio, que o Centro de Excelência Vitória de Santa Maria, situado no bairro Santa Maria, em Aracaju, realizou na manhã de sexta-feira, 2, uma atividade de conscientização pela prevenção da violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes.

De forma lúdica e multidisciplinar, a programação contou com apresentações artísticas como músicas, performances, teatro e exibição audiovisual. Houve, ainda, declamação de um poema em homenagem póstuma a Ketely Lorana, jovem assassinada no bairro e vítima de violência sexual de vulnerável. No evento também houve uma roda de conversa com os representantes do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra a Criança e Adolescente, Maria José Batista, Paulo Machado e Herverton Ramon.

O projeto ‘18 de maio – Infância sem medo’ é um dos trabalhos que integram o projeto pedagógico da escola há cinco anos. “O projeto busca minimizar um triste problema que assola o nosso país, e em especial, a nossa comunidade. Nós temos registro de casos de crianças que relatam ser vítimas de abuso sexual. Por isso, nosso objetivo é garantir um espaço de acolhimento para que essas crianças e jovens entendam que a sua infância precisa ser preservada, assim como seus valores e seus corpos. Neste sentido, é importante que as crianças e jovens meninas se sintam seguras no ambiente escolar, para que tenham coragem de denunciar seus agressores”, comenta Maria de Lourdes Oliveira Almeida, professora responsável pelo projeto.

A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), ciente da sua responsabilidade como partícipe no enfrentamento à exploração e violência sexual de crianças e adolescentes, aponta a essencial necessidade de construção de estratégias ativas que viabilizem o atendimento e encaminhamento das vítimas aos órgãos de proteção e assistência. Historicamente, a Seduc trabalha em conjunto com o Ministério Público, o Conselho Tutelar e demais órgãos de proteção para garantir a segurança dos direitos dos estudantes. “O 18 de Maio se faz presente em nossas escolas por meio de projetos pedagógicos, palestras e ações de conscientização. Elas visam à discussão da temática e a interlocução do ambiente escolar e dos estudantes com questões tão relevantes”, afirma a coordenadora do Núcleo de Apoio Socioemocional (NAS), Estefany Andrade.

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